segunda-feira, 12 de novembro de 2007

LIVRO E O BINÔMIO POSSIBILIDADE/NECESSIDADE - A INCOERÊNCIA

Ia passando na Rua da Aurora qdo. deparei-me com a "Nossa Livraria" e na prateleira nada mais, nada menos que o livro intitulado "PENSÃO ALIMENTÍCIA - do genitor para o filho maior". Comprei imediatamente, afinal, preciso me embasar para a próxima audiência, que por incrível q. pareça só acontecerá em março de 2008, pois na audiência anterior ocorrida em 19/09/07 o advogado do meu ex utilizou o argumento de "binômio possibilidade/necessidade" do TJMG. Eu, não conseguia conceber como este argumento poderia estar acima do "ECA" se, somente se, minha filha não possui idade para trabalhar e dar-se o sustento. Ou seja, ela tem apenas o meu salário de professora para atender a todas as suas necessidades: alimentares, educacionais, lazer, vestuário, etc. O "ECA", que é LEI, é clara qto. a responsabilidade de suster uma prole. Em resumo, este livro, veio esclarecer-me a questão do binômio possibilidade/necessidade. Na minha interpretação este argumento é usado para filhos maiores que sejam estudantes e não podem conciliar trabalho e curso, uma vez q. a obrigação dos genitores não acaba com a maior idade. Mediante estes novos argumentos, paltados em leis e literaturas da área de direito, tenho esperança que a justiça possa fazer o seu papel em curto espaço de tempo, afinal, anos e anos de espera invalida a qualidade de vida que espero para minha filha.
Só para reflexão: "Até onde a mulher será tratada de forma tão desigual no que tange a sexualidade? Considerando a questão da reprodução humana e o argumento - possibilidade/necessidade" poderemos "crer" que a necessidade sexual do homem está acima da responsabilidade com a vida que gera, faltando-lhe com as suas necessidades básicas!!?. É simplesmente MACHISTA e absurdo. E é por isto, que registro aqui a minha total indignação, afinal , não cabe apenas a mulher o uso de anti-concepcional e preservativo." Assinado: A MÃE DE TALITA, que nem por um minuto descansará enqto. os seus direitos de criança não forem respeitados e considerados.

2 comentários:

Anônimo disse...

É cruel que ainda precisemos nos submeter a uma porção de contrangimentos, inclusive provar nossa veracidade para garantirmos o sustento de nossos filhos. Muito mais q o carregarmos durante a gestação,os acompanharemos para toda uma vida.
O mais cruel é q muitas de nós também acabamos passando por várias violÊncias já reconhecidas na Lei Maria da Penha, mas que infelizmente por estarmos consolidadas profissionalmente, acabamos por acreditar q isso nao acontece conosco.
Enfim,... pensao alimenticia é o minimo q pedimos para acompanharmos a vida de nossos filhos com dignidade. Acontece q infelizmente a legislacao nao entendi isso na integra e permite q muitos dos genitores usem de subterfugios para se eximirem de suas responsabilidades.
Ora, queridas colegas, se nao fosse necessário para garantir o sustendo de nossos filhos e nao o nosso de mae, estariamos aqui travando batalhas nesse sentido???
Acho q mulheres resolvidas nao teriam esse intuito de entrarem neste desgaste onde o genitor ainda consegue convencer o magistrado, que nao tem possibilidade de pagar a pensao alimenticia pq é autonomo e nao tem renda certa. Meus queridos, ate quando esses homens enganarao a sociedade. Em qq discurso desse perfil de homem nao existe a minima preocupacao em visitar ou acompanhar a vida do filho, exceto se isso for infernizar a vida de nós maes, do qual ja rompemos o relacionamento a muito tempo.
Maici Duarte Leite (Professora da UFPE)

Anônimo disse...

Parabéns Elizabete, continue lutando pelos direitos da sua pequena Talita, pois ela não tem culpa das irresponsabilidades do seu pai pois também sofro as consequências por ser divorciada há dez anos e o pai das minhas filhas até hoje não colabora com nada financeiramente e no entanto eu assumo sozinha de um tudo as nossas filhas e agradeço a Deus pelas filhas que tenho, pois são maravilhosas, estudiosas e muito dedicadas a mim e aos avós que me ajudaram a criar as minhas filhas com muito amor e carinho portanto tiveram uma ótima formação familiar.Helena Verçosa Saraiva.